quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Filmes que marcam


Nesta semana assisti o filme Invictus (Invictus, 2009), bom filme com Morgan Freeman e Matt Damon, e pela história contada fiquei pensando sobre os filmes que muitas vezes nos marcam.

O cinema tem a capacidade de fazer rir, chorar, dar medo, deixar a adrenalina a mil, enfim, de nos emocionar. E muitas vezes não são filmes como grandes e atuais e produções, e cada um nos marca de forma diferente.

A imagem no topo do post refere-se ao filme O sol é para todos (To Kill a Mockingbird, 1962), com brilhante atuação de Gregory Peck. Para quem gosta de estudar direito, este filme deveria ser obrigatório, e muito me influenciou para minha atuação como advogado. Ver a batalha do personagem de Peck para provar a inocência de um homem que já estava sendo condenado apenas pela cor, é algo inspirador.

Lembro de outro filme que assisti (em uma Sessão Corujão): As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath, 1940), com Henry Fonda. Um filme antigo, em preto e branco, e maravilhoso. Este filme me marcou pela grande atuação do Sr. Pai da Jane Fonda e pelo tema (o filme escancara para o mundo a miséria e a desesperança que arrasaram os Estados Unidos na grande depressão motivada pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929), pois sempre gostei de estudar história.

Existem outros grandes filmes que nos levam a querer ser pessoas melhores, como por exemplo A Lista de Schindler (Schindler's List, 1993). Quantos (assim como eu) não choraram no cinema, e ficaram se questionando se faziam algo na vida que fizesse a diferença. Ou ainda, Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989), que fez muita gente ter o desejo de subir na mesa e gritar "Oh capitão, meu capitão!"


Existem muitos outros, e filmes que estão fixados na nossa história por diversos motivos, e às vezes estes filmes são de aventura, ou um desenho.


Por exemplo, para mim o filme O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Return of the King, 2003) é muito especial, e não apenas porque sou grande fã do livro, mas também porque a adaptação ao cinema conseguiu colocar nas telas coisas que estavam apenas na imaginação deste leitor. Cito em especial 2 momentos: a primeira grande imagem de Minas Tirith (quando Gandalf avista a cidadela, montando Scadufax e tendo Pippin como companhia) e cavalgada do Rohirrim (momento do grande discurso do Rei Théoden e o avanço sobre os orcs).

Foi como se o diretor lê-se a minha mente, e nela buscasse a imagem que foi formada na minha imaginação para fazer a cena.

E o que falar do recente Toy Story 3 (Toy Story 3: The Game, 2010). Acho a série fantástica, mas este terceiro filme é simplesmente maravilhoso, fazendo crianças, jovens e adultos chorarem.

Estes filmes nos marcam, nos formam, nos fazem querer ser pessoas melhores (ou não ... alguns escolheram os exemplos errados para seguir, como Stalone Cobra).

Gostaria de propor ao leitor do blog que nos comentários abaixo colocasse qual filme te marcou, e se possível porque. Proponho isso para que eu possa saber mais sobre quem lê este blog, e a partir daí tentar trazer algo que seja de maior interesse. Quem topa?

sábado, 24 de setembro de 2011

Rock in Rio ... rock???


Estamos em pleno período de Rock in Rio, e ontem tocaram no palco principal Paralamas do Sucesso, Titãs, Milton Nascimento, Maria Gadú, Orquestra Sinfônica Brasileira, Claudia Leitte, Katy Perry, Elton John e Rihanna ... não era ROCK in Rio???

Não vou discutir a qualidade (ou não) de todos os artistas que estiveram ou estarão no evento, mas tem que mudar o nome da bagaça aí, e isto deveria ter sido desde o primeiro (lá em 1985).

Poderia chamar Music in Rio, ou qualquer outra coisa, mas quando se faz um evento que com o nome de ROCK, p*%&$, toque apenas ROCK.

Não tem que colocar Baby do Brasil, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Ivan Lins, Jimmy Cliff, New Kids on the Block, Ed Motta, Daniela Mercury, Britney Spears, Five, entre tantos outros. Podem ser grandes artistas, MAS NÃO É ROCK!!!!!

Ninguém vende maionese com o rótulo de margarina, então façam o favor de dar nomes adequados. Vamos imaginar se no Rio Grande do Sul se fizesse um grande evento musical com o nome Vanerão nos Pampas, e vai tocar Ivete Sangalo, Só prá Contrariar, Zezé di Camargo e Luciano, Gilberto Gil, ... o chimarrão de quem inventasse um troço desse não seria de erva mate, com certeza.

Ou ainda, imagine uma micareta no interior da Bahia com AC/DC, Os Monarcas, Milton Nascimento, etc. Seria um caso de acarajé "batizada".

Olha só, poderia se dizer que ontem (23/09/11)foi a noite das divas. Grandes artistas com muito talento para a música que decidiram fazer, mas fora um passado do Elton John (a tia das divas), as demais não tem nem a sombra de rock.

Podemos até não gostar de quaisquer dos artistas do evento, o que não significa que sejam ruins (menos a Britney Spears ... essa é ruim mesmo). Vamos lembrar que opinião é igual a bunda: todo mundo tem a sua e mesmo assim não significa que seja boa.

Acho que o evento é muito bom pelo seu tamanho, grande número de artistas, etc., mas vamos dar nomes coerentes. ROCK é ROCK, AXÉ é AXÉ, PAGODE é BOS ... quer dizer, é PAGODE, e assim vai.

Como seria bom dizer que o ROCK IN RIO seria apenas com bandas de rock ...

Cadê Green Day, AC/DC, Iron Maiden, Linkin Park, My Chemical Romance (Djane, essa é para você), U2, Rolling Stones, Eric Clapton, Pearl Jam, Foo Fighters, 30 Seconds to Mars, entre tantos outros.

Faço aqui um desafio: quem consegue criar a programação de um evento de rock para 7 dias, só com bandas de ROCK (se alguém colocar Restart eu vou expor e tirar um sarro da sua cara). Pode separar por gêneros de rock (sim, existem gêneros de rock) durante os 7 dias.

Desafio lançado ao som dos Stones ...

sábado, 17 de setembro de 2011

Os grandes eventos desportivos no Brasil

Nos dias 15 e 16/09/11 participei do evento IV Encontro Nacional sobre Legislação Esportivo-Trabalhista, promovido pelo Tibunal Superior do Trabalho (TST), e muito foi falado sobre os grandes ventos desportivos que teremos no Brasil: Copa do Mundo FIFA 2014 e Jogos Olímpicos 2016.

Já vi muitos reclamando que tais eventos não deveriam vir para o país, pois deveria se usar o dinheiro que será gasto em necessidades mais urgentes, como educação, segurança, saúde, etc.. Ao mesmo tempo, o argumento em defesa de tais eventos vai no sentido de que muitos recursos serão trazidos à economia brasileira, gerando empregos e melhorias em diversos setores na sociedade, além de muito se falar em "legado".

Entendo que os dois pontos tem suas razões e suas falhas.

É uma verdade que o país necessita (E MUITO) de investimentos, e os valores que serão usados para a construção de estádios (com financiamento público ou não) deveriam ser destinados para melhorias na saúde, ampliação e modernização dos aeroportos, entre tantas obras de insfraestrutura necessárias no país. Além do mais, muito será gasto em poucas cidades, e muito que é necessário em tantas outras não será nem cogitado.

Em virtude dos grandes eventos desportivos, isso ocorrerá (ou seria "deveria ocorrer") pelo menos em grandes centros (o que já é alguma coisa), mas vai ficar com cara de maquiagem para turista. Serão resolvidos (e não atenuados temporariamente) os problemas de segurança? Os problemas de transporte público (muitas vezes caótico) desses locais serão solucionados? Os postos de atendimento de saúde (hospitais e etc.) finalmente receberão dignas condições de funcionamento e isso ficará para depois?

Acredito realmente que estes eventos trarão maior visibilidade ao país, assim como ocorreu com a África do Sul, o que não quer dizer que terá o devido retorno financeiro esperado. Ainda, muito se fala que muitos empregos serão criados em virtude das obras (o que é uma verdade ... afinal, alguém tem colocar os estádios em pé), mas encerrados os eventos e não tendo mais obras, o que ocorrerá com esse povo?

Deixo claro que acho muito interessante a vinda dos eventos para o país, mas após a experiência que tivemos do Panamericano de 2007 do Rio de Janeiro, em que vimos tantas denúncias de superfaturamento de obras, desvios de verba e ausência de "legado", fico realmente na dúvida se será uma boa a vinda da Copa e das Olimpíadas.

Sobre o tal "legado", acredito que muitos no mundo preferem vir ao Brasil do que ir à África do Sul, e com  visibilidade que teremos pelos eventos poderá aumentar o fluxo de turistas para o país após o encerramento dos jogos, e este será o único efetivo "legado".

Não acredito em manutenção das obras após as atividades e muito menos na solução de temas como a segurança. O Brasil já mostrou que consegue amansar as armas dos bandidos durante grandes eventos, como foi o caso do Panamericano de 2007 e a ECO-92. Se consegue isso por negociações com a bandidagem ou por pressão das autoridades policiais, não interessa, o problema é que isso foi temporário. Cadê o legado?!? Acho que roubaram.

Com o devido respeito às belas cidades de Brasília, Cuiabá, Manaus, Recife, Salvador, Fortaleza e Natal, que em momento algum podem ser desqualificadas como centros urbanos e muito menos menosprezada sua população, mas por que gastar TANTO DINHEIRO para construir estádios no padrão FIFA nesses locais se não conseguem manter (ou não tem) times na principal divisão do futebol brasileiro?

O problema está no uso e manutenção desse locais após a Copa. Construir é fácil, mas fazer e deixar o trombolho sem atividade ou cuidado, é mal uso do dinheiro público. Basta ver quantos hospitais e escolas são construídas e depois não conseguem manter as portas abertas por falta de verba pública (tanto para a parte física quanto para a digna remuneração dos que lá trabalham).

Não vi nada de planejamento por parte do governo sobre política esportiva (obrigação do Estado, conforme art. 217 da Constituição Federal) para depois. Será que teremos elefantes brancos ou vai se tentar parcerias com a iniciatia privada para o uso e (principalmente) manutenção dos obras??? A partir daí existirá uma verdadeira política de incentivo à prática esportiva como medida sócio-educativa???

Por favor, não me venham com a lenga-lenga de que, por exemplo, pela Copa/Olimpíada os aeroportos serão modernizados ... ISSO É UMA URGÊNCIA NACIONAL!!! Executar estas obras usando esses eventos deportivos como "desculpa", é muita cara de pau. O mesmo vale para qualquer outra obra que ão tenha ligação direta com as práticas desportivas.

Enfim, espero realmente queimar minha língua (ou nesse caso seriam os dedos?) sobre este assunto, e que o Brasil aproveite esta oportunidade para fazer algo de verdade. Chega de obras que não ficam, chega de dinheiro gasto para cobrir buracos.

E aqui entre nós ... este logo da Copa foi imaginado tendo o Chico Xavier como modelo. Olha só:


Com todo respeito ao Chico Xavier, mas ficou feio demais. E se as coisas não melhorarem na condução das obras (diversas estão muito atrasadas), será a nossa face que estará escondida debaixo da mão amarela ... e de vergonha.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vivência da liturgia

O texto a seguir eu escrevi como forma de desabafo, em menos de 5 minutos, e foi publicado no blog Salvem a Liturgia, e logo depois no blog do meu amigo Carmadélio.

Entendi por publicá-lo novamente, por entender que o tema é sempre atual. Segue o texto: 

(...)
Confesso a todos que tenho esperança de que os católicos ... quer dizer, pelo menos aqueles que REALMENTE querem viver a fé católica ... ouçam as palavras do Santo Padre em relação à vivência litúrgica.

Não é de hoje que o Papa Bento XVI exorta a todos a mais correta vivência litúrgica, e não porque “tem que seguir as normas”, mas porque a correta aplicação das normas litúrgicas representa o devido zelo ao sagrado (que muito se perdeu nos dias de hoje) e um maior aprofundamento na vivência dos mistérios litúrgicos.

É importante lembrar que a liturgia é uma só, existe apenas a liturgia da Igreja Católica Apostólica Romana. Qualquer acréscimo realizado não significa que se trata de liturgia própria desta ou aquela expressão dentro da Igreja. Não é a liturgia que deve se adaptar aos fiéis, mas os fiéis que devem se adaptar à liturgia. E já vi algumas vezes a inversão dos valores.

E diante disso, temos uma situação que já ouvi muito: “a lei mata”. Essa é uma das frases mais ridículas que já ouvi, e que muitos gostam de usar para não cumprir as normas litúrgicas.

Como advogado lido com leis e aprendi desde a faculdade que cada norma somente pode ser feita pela pessoa competente e por determinada situação. No caso das normas litúrgicas, estas foram criadas pelas pessoas competentes dentro da Igreja e buscam a melhor e mais correta vivência da liturgia. Diversos documentos da Igreja e pronunciamentos dos Santos Padres (inclusive o Papa Bento XVI) reforçam esta vivência mais correta da liturgia, o que mantêm a validade de cada letra nas normas litúrgicas.

Há quem olhe a liturgia como uma seqüência de atos e que a norma não passa de um regulamento. Mas quem decide reconhecer a norma litúrgica como fruto da vontade divina para a melhor vivência dos mistérios litúrgicos, vê que ela é de enorme importância para a vida da e na Igreja. Dentro da importância da celebração litúrgica, de forma especial a celebração eucarística, a Santa Sé já nos deixou claro:

Mas a liturgia é o cume para o qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de que promana sua força. Os trabalhos apostólicos visam a que todos, como filhos de Deus, pela fé e pelo batismo, se reúnam para louvar a Deus na Igreja, participar do sacrifício e da ceia do Senhor.
(Constituição sobre a sagrada liturgia Sacrosanctum Concilium, 10)

Assim, dizer que “a lei mata” é (para mim) ridículo, pois é praticamente retirar a competência de quem escreveu e a validade da norma.

Tanto se luta contra a relativização na sociedade atual (luta justíssima), mas se vê que MUITOS comentem erro semelhante dentro da Igreja ao se relativizar a norma litúrgica. Persistir nesta relativização da norma litúrgica para adequá-la ao que é mais conveniente, representa bem o que se passa no coração da pessoa.

SER católico é ADERIR VERDADEIRAMENTE ao que nos diz a Santa Igreja (que é MÃE e MESTRA), INCLUSIVE ÀS NORMAS LITÚRGICAS!!!!!

DIZER-SE católico é ADERIR EM PARTE, só no que convém e relativizando o que diz a Igreja para que se sinta mais confortável de acordo com os seus achismos.
(...)

O texto não foi muito elaborado (depois escrevi outros sobre o tema em que me dediquei mais), mas gosto muito dele.

Realmente hoje muitos querem mudar muitas coisas na Igreja, desde a liturgia a dogmas. Ora, ninguém é obrigado a ser católico e se a pessoa não concorda coma Igreja, melhor que não seja mesmo. Mas se quer SER CATÓLICO, saiba que é comprar pacote fechado. Não é igual a estante de supermercado em que se escolhe o que quer e de qual marca. SER é diferente de ESTAR EM.

A Igreja Católica não é igual a uma quitanda. É uma instituição séria, com tradição de 2000 anos, e que não precisa se adaptar à sociedade ... gostem ou não.

OBS: só quero lembrar que ninguém é obrigado a concordar comigo, e se quiser debater estou aí. Mas comentários com ofensas serão lidos apenas uma vez e apago mesmo. Democracia exige respeito e aqui é assim: my place, my rules

sábado, 10 de setembro de 2011

Ler faz bem. Você já tentou?

"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de formar grandes sofrimentos e também de remediá-los."
(Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore - Harry Potter e as Relíquias da Morte)


Lembro de quando era criança e o primeiro livro que li e realmente gostei: Um Ônibus do Tamanho do Mundo, de J. M. Simmel. Para mim foi uma grande experiência, pois eu queria ler tudo de uma vez para chegar no final. Eu me envolvi com os personagens, sofri com eles e muitas vezes me imaginei nas diversas situações do livro.


Esse tipo de coisa acabou por influenciar algumas brincadeiras da minha infância, com por exemplo, montar cidades com diversos brinquedos (playmobil, carrinhos, bonecos diversos, etc.) e criar toda uma estória. Toda a nossa imaginação vinha de leitura de livros, histórias em quadrinhos, filmes e desenhos.

Uma vez eu e uns amigos criamos um roteiro (com muita influência no filme Blade Runner), colocamos no papel e pegamos um toca-fitas/gravador para gravar nossa atuação, quase uma rádio-novela com trilha sonora e tudo. Foi muito divertido.

Não sei qual a história de vocês, mas para mim a leitura foi importante para ajudar na formação de quem sou.

Pois bem, vejo que hoje muita gente escreve e lê no orkut, twitter, MSN, facebook, fóruns virtuais e até mesmo alguns blogs. Desses, alguns poucos mantêm o hábito da leitura de livros e talvez por se ter este pequeno número de leitores é que temos tanta gente assistindo programas ruins (mas põe ruim nisso) como os reality shows Big Brother Brasil e A Fazenda, programas de humor como Zorra Total, entre outros.

Há alguns anos atrás a MTV lançou uma campanha muito interessante:


Diante de muita porcaria que se passa hoje na TV, essa campanha deveria voltar com toda força. Não interessa se você não é mais criança, pois o hábito da leitura pode ser criado mesmo quando adulto.

Desde a época do meu 2o grau eu só lia o que era mandado (pelo colégio, para o vestibular, na faculdade). Lia e me sentia forçado a ler, aí o prazer da leitura foi para o saco.

No entanto, e como prova de que não se pode perder a esperança, em 2001 fui fortemente atraído a voltar a ler, pelo menos uma obra: O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel, de JRR Tolkien. Vi o filme e fiquei espantado com todo o poder criativo do autor, e certo de que livro é (quase) sempre melhor o filme, comprei o tijolão dos 3 livros em volume único.

Depois deste (que li umas 5 vezes) já me deliciei com vários outros, sendo um atrás do outro. Algumas vezes dou um tempo entre um e outro, mas sempre tem um livro na cabeceira da cama. E pelo fato de eu e a Djane gostarmos muito de ler, nossos filhos também estão se tornando bons leitores, a ponto de terem livros que são comprados só para eles. Espero que isso possa trazer a eles a mesma influência que eu tive.

É importante que se leia, de preferência livros. E se não der, que sejam revistas (Veja, Istoé, Superinteressante, Caras, Capricho ... quer dizer, Caras e Capricho não, né), histórias em quadrinho (recomendo procurarem "A Queda de Murdock" e "Cavaleiro das Trevas", escritas por Frank Miller), bula de remédio, sei lá, busquem algo. E por favor, influenciem as crianças a ler.

A leitura nos faz sair um pouco de si, ir a mundos diferentes, voltar na história, conhecer mais sobre fatos ou alguém, e tudo isso pode nos ajudar a ser pessoas melhores.

Mas como tudo temos que ter moderação e por isso trago as palavras de mesmo Alvo Dumbledore citado no início: "Não vale a pena viver sonhando, e se esquecer de viver" (Harry Potter e a Pedra Filosofal).

Por isso leia e se divirta, e lembre-se que o mundo em que vivemos não mudará após você fechar o livro. Mas você pode ter mudado em algo, e isso poderá te ajudar a enfrentar as diversas situações que terá pela frente.

E aí, o que está lendo hoje? Ou, o que vai ler?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Família grande é uma loucura?


Como muitos sabem sou casado há 13 anos e tenho 4 filhos, e por este "detalhe" já ouvi/vi as mais variadas reações, como por exemplo "que lindo", ou então "tu é maluco???". Ou seja, se fosse se basear nos comentários eu ficaria mais perdido que surdo em bingo de paróquia.  Eu e a Djane (para quem não sabe é a minha maravilhosa esposa) já tinhamos a idéia de ter muitos filhos (a idéia original eram 5), e já imaginávamos que muitos iriam reagir de forma contrária ... mas não esperávamos tanto assim.

Quando soubemos da gravidez da Laura (3a na linha sucessória) noticiamos a algumas pessoas que nos criticaram até de forma muito pesada (isso para não dizer desnecessária), e o que estas pessoas não sabem é que isso foi muito ruim para nós. Posso dizer que pelo menos até o meio da gestação foi muito difícil. Olha, não foi nada legal ouvir coisas como "agora que já fez a besteira, te vira para criar", ou então "eu achava que você era inteligente, mas mostra que é burro". Doces e gentis palavras encorajadoras!!!

Quando veio a gravidez da Bruna (a caçula) tivemos a audácia de pedir para as pessoas não criticarem. Podiam não concordar, mas não joguem pedra. De certa forma funcionou, pois quase nada ouvimos (mas os rostos diziam muito).

Há pouco tempo atrás uma amiga que admiro muito (Maria Thereza Tosta Camillo) me chamou em um bate-papo no Facebook e me perguntou como era ter tantos filhos, pois ela estava grávida do 3o e já começaram a ter reações ruins para o lado dela. Como já havia passado por isso, disse que entendia bem a situação e que ela deveria ter força, e que chutasse a canela desse povo se fosse necessário.

Hoje nasceu a 5a filha de outro amigo (Eliezer), e fico imaginando que tipos de reações ele e a esposa não devem ter ouvido.

Para os que não concordam com as famílias grandes, deixa eu dizer uma coisa para vocês: loucura é dizer que não quer filhos porque atrapalhariam a sua vida. Essa idéia egoísta cobra seu preço um dia, pois todo homem e toda mulher sente o vazio da ausência de filhos.

Ter muitos filhos é dom grande dom, uma imensa alegria, e sim, tem dia que dá dor de cabeça. MAS VALE A PENA!!! Eles nos incentivam a querer ser cada melhores, nos preenchem com sua alegria.

E mais: muitos filhos se ajudam, fazem companhia uns aos outros, e se forem bem criados não serão iguais àquelas crianças que se acham as donas do mundo (sabem aquelas que te dá vontade de dar um cascudo???).

Diz a sabedoria popular que um homem só tem uma vida completa quando planta uma árvore, escreve um livro e tem um filho. Gostaria de saber quando foi que isso deixou de valer?

Então peço a quem ler este texto, em vez de criticarem quem tem muitos filhos, se não for para falar algo de bom ... fiquem quietos. Não peço que concordem com a decisão dos outros (como a minha), mas uma falecido tio meu dizia que muito ajuda quem pouco atrapalha.

E por favor, criem seus filhos com sabedoria.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Início

Estou iniciando algo que tenho tido uma certa resistência em fazer: um blog.

Não sei se alguém vai ler, mas vai servir para que eu comente o que eu quiser e como quiser. Não haverá um tema ou assunto específico aqui, podendo aparecer algo sobre futebol, política, família, religião, etc.

Não me considero o dono da verdade, mas o que for escrito aqui será fundamentado. O leitor pode não concordar (o que aliás é um direito dele), mas faça o favor de não me encher o saco com "mimimi". Quer debater, estou aí. Quer brigar, melhor ir na esquina procurar quem queira.

Desde já aviso: serei muitas vezes cínico e sarcástico, e espero que os leitores entendam ... se for possível se divirtam com isso.

Como diria Gandalf: "Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado." Eu decidi falar e me divertir, ainda que muitas vezes esteja puto da cara com alguma situação.

Faça o mesmo.
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