quinta-feira, 28 de junho de 2012

Você sabia?


Gilbert Keith Chesterton, conhecido como G. K. Chesterton, (Londres, 29 de maio de 1874 — Beaconsfield, 14 de junho de 1936) foi um escritor, poeta, narrador, ensaísta, jornalista, historiador, biógrafo, teólogo, filósofo, desenhista e conferencista britânico.

Filho de Edward Chesterton e de Marie Louise Grosjean, G. K. Chesterton era o segundo de três irmãos. Casou-se com Frances Blogg. Concluiu os estudos secundários no colégio de São Paulo Hammersmith onde recebeu prêmio literário por um poema sobre São Francisco Xavier. Ingressa na escola de arte Slade School de Londres (1893) onde inicia a carreira de pintura que vai depois abandonar para se dedicar ao jornalismo e à literatura. Escreveu no Daily News. Nascido de família anglicana, mais tarde converteu-se ao catolicismo em 1922 por influência do escritor católico Hilaire Belloc, com quem desde 1900 manteve uma amizade muito próxima.

Criou, juntamente com seu amigo Hilaire Belloc, uma teoria econômica baseada nos princípios evangélicos e nos ensinamentos Papais, especialmente na encíclica do Papa Leão XIII, Rerum Novarum. O Distributismo propõe o direito à propriedade privada. No dia 17 de setembro de 1926, Chesterton e Belloc criaram a Liga Distributista. Essa liga tinha como objetivo “restaurar a propriedade”, segundo pronunciou Chesterton no discurso inaugural. Chesterton foi eleito o primeiro presidente da Liga. Ele escreveu uma série de artigos no G.K.’s Weekly, os quais foram compilados no livro The Outline of Sanity (1926).

Gustavo Corção assim se referiu à teoria distributivista:

“A ideia central é a da defesa da pequena propriedade e da pequena empresa contra o gigantismo, que já no seu tempo ameaçava a sociedade, e que no nosso tornou-se uma calamidade declarada. Afirmava o direito à posse, não como uma concessão, mas ousadamente, como outorgado por Deus; admitia o capital enquanto indispensável reserva, mas não admitia, de modo algum, o capitalismo, porque a principal característica desse regime a seu ver está na raridade e não na abundância do capital. O capitalismo é uma situação em que quase ninguém possui”.

Ao falecer deixou todos os seus bens para a Igreja Católica. Encontra-se sepultado no Cemitério Católico Romano, Beaconsfield, Buckinghamshire na Inglaterra. A sua obra foi reunida em quase quarenta volumes contendo os mais variados temas sob os mais variados gêneros. O Papa Pio XI foi grande admirador de Chesterton a quem conhecera pessoalmente.

Na sua introdução a "São Tomás de Aquino" deixou escrito:

"Assim como se pode considerar São Francisco o protótipo dos aspectos romanescos e emotivos da vida, assim Santo Tomás é o protótipo do seu aspecto racional, razão por que, em muitos aspectos, estes dois santos se completam. Um dos paradoxos da história é que cada geração é convertida pelo santo que se encontra mais em contradição com ela. E, assim como São Francisco se dirigia ao século XIX prosaico, assim São Tomás tem mensagem especial que dirigir à nossa geração um tanto inclinada a descrer do valor da razão."

Em uma de suas principais obras, Ortodoxia, defende os valores cristãos contra os chamados valores modernos, a saber, o cientificismo reducionista e determinista. Dono de uma retórica exemplar, coloca em debate crítico ideias como as de Mark Twain e Nietzsche.

Fonte: Wikipedia

OBS: um dos maiores escritores católicos da história da Igreja, que por ocasião de sua morte, Sua Santidade, o Papa Pio XI, através do Cardeal Eugenio Pacelli – futuro Pio XII -, escreveu por meio de um telegrama: “O Santo Padre está profundamente consternado com a morte de Gilbert Keith Chesterton, devoto filho da Santa Igreja, dotado defensor da Fé Católica. Sua Santidade oferece paternais condolências ao povo da Inglaterra, promete orações pelo falecido amigo e outorga sua Benção Apostólica”. Chesterton recebeu o título de Fidei Defensor.

Cito um trecho do livro Ortodoxia para ilustrar seu pensamento:

"(...) É sempre simples cair; há um número infinito de ângulos para levar alguém à queda, e apenas um para mantê-lo de pé. Cair em qualquer um dos modismos, do agnosticismo à Ciência Cristã, teria de fato sido óbvio e sem graça. Mas evitá-los a todos tem sido uma estonteante aventura; e na minha visão a carruagem celestial voa esfuziante atravessando as épocas. Enquanto as monótonas heresias estão esparramadas e prostradas, a furiosa verdade cambaleia, mas segue de pé. (...)"

Você já ouviu falar dele? Conhece algum livro ou citação dele? É, no mínimo, uma ótima recomendação de leitura.

Um comentário:

  1. Já li o Ortodoxia e conheço vários artigos dele, é realmente um gênio. Neste link aqui há a história de como ele conheceu sua esposa, Frances. http://materdei1.blogspot.com.br/2012/06/gilbert-frances-um-conto-de-fadas.html

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...