Hoje passamos por um período da história com inúmeros avanços tecnológicos e científicos, que levam cada vez mais o homem a conhecer e saber mais sobre si mesmo e sobre o mundo. A informação chega a uma rapidez gigante, algo que há 30 anos se demorava muito. É possível saber e ver as imagens quase de um desastre natural quase no mesmo momento que este inicia. Chega a ser tanta informação ao mesmo tempo, que “ficar antenado” muitas vezes não é fácil.
No entanto, tais avanços também geram a aparência de que estamos na “era da razão”, e qualquer pensamento ou filosofia que seja contrária às mudanças na sociedade atual deve ser menosprezada, e até mesmo atacada. Praticamente colocaram pilha nova no iluminismo.
Para quem desconhece o que foi o iluminismo:
No século XVIII, uma nova corrente de pensamento começou a tomar conta da Europa defendendo novas formas de conceber o mundo, a sociedade e as instituições. O chamado movimento iluminista aparece nesse período como um desdobramento de concepções desenvolvidas desde o período renascentista, quando os princípios de individualidade e razão ganharam espaço nos séculos iniciais da Idade Moderna.
(Mundo Educação - http://mundoeducacao.uol.com.br/iluminismo/)
Pois bem, hoje voltamos ao período do século XVIII: os direitos individuais estão cada vez mais em voga (aliás, o EU está cada vez mais forte); estão forçando com a razão seja a força motora da sociedade; etc.
Uma das consequências do período iluminista foi a perseguição (sim, este é o termo) em relação à Igreja Católica, quando católicos (clero ou não) sofriam as duras penas sociais por não pensarem conforme a “nova sociedade” queria. Neste período (em especial na França) chegou a se ter um movimento violento contra a Igreja Católica, em que padres são forçados a abdicar, o culto religioso é proibido, imagens religiosas são destruídas e igrejas apedrejadas. Havia uma forte tentativa de se criar “culto” que exaltava a vitória da razão e da consciência sobre a Igreja.
E o que vemos hoje? Diante de direitos individuais, estão querendo calar as expressões religiosas ou limitar que se expressem apenas nos templos, conforme já expressou a Sra. Marta Suplicy (começa assim, criando os guetos ... acho que já vi isso na história). Não pode mais expressar seus fundamentos religiosos milenares, se estes ofenderem alguém. Na verdade só pode expressar se estes relativizarem e aceitarem tudo.
O engraçado é que a liberdade de expressão e culto religioso são direitos assegurados na Constituição Federal, mas isso é esquecido quando convém.
A idéia é limitar direitos dos que são indesejados, e quem sabe até mesmo extirpa-los da sociedade. A idéia é criar se colocar em prática o lema francês “liberdade, igualdade e fraternidade” apenas para uns, e aos outros é “cala boca”.O mais engraçado que os que querem isso, são os mesmos que criticam a Igreja Católica sob a alegação de que esta impôs (e ainda impõem) sua doutrina no mundo ...
Pelo que me lembro a democracia gera direitos e deveres dos 2 lados, e salvo mudança na Constituição Federal, o direito de expressão religiosa é garantido neste país. Ninguém é obrigado a concordar, mas o direito tem que ser respeitado. Talvez até mesmo iluminista Voltaire defendesse isso, já que foi autor da frase: “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”. Afinal, somos todos iguais em direitos, não é?!?
Ah, esqueci ... “somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros” (George Orwell - "A Revolução do Bichos").
Ah, esqueci ... “somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros” (George Orwell - "A Revolução do Bichos").
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