segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Católicos radicais


Hoje tive a gratíssima surpresa de encontrar este texto, que devo dizer reflete muito bem o que penso. Durante séculos tivemos a santificação de tantas almas na Igreja através da fé que foi passada de geração em geração, e hoje parece que as pessoas querem deixar isso de lado, esquecer tudo, como se fosse algo "apenas" do passado.

Afinal, o que querem? Reinventar a fé católica? Bom, vamos ao texto e deixo a reflexão a todos.

Você quer ser um católico radical?

Talvez você seja, talvez você não seja. Afinal, a palavra radical pode ser um bem ou mal, dependendo do contexto. Às vezes tem conotações de compromisso apaixonado ou zelo admirável. Outras vezes, pode significar devoção fanática, bizarro, ou até mesmo algo perigoso para uma causa.

Mas eu diria que devemos todos ser católicos radicais. Isso porque radical, em seu sentido mais estrito e mais verdadeiro, significa simplesmente enraizado. A palavra radical vem da palavra latina radix. Radix significa a raiz ou fundação de alguma coisa.

Os homens entendem o enraizamento. Nós desejamos e apreciamos as coisas de qualidade, as coisas com uma história venerável, as coisas que são testadas e estabelecidas. Nós gostamos de carros antigos feitos de aço e não de plástico, presentes passados ​​de pai para filho por gerações, cerimônias antigas, edifícios envelhecidos. Coisas que se provaram fortes e verdadeiras.

Como católicos, devemos ser radicais, porque nós devemos ser enraizados. Mas enraizados em quê? Às tradições da Igreja. Não apenas às tradições sagradas infalíveis, mas também às pequenas tradições devocionais que santificaram nossos antepassados ​​pelas gerações.

Nós vivemos em uma época que se glorifica, até mesmo se adora a autonomia e escolha pessoal. "O que você quer? Qual você prefere? O que faz você feliz? "Estas são as perguntas que todos querem ser questionados. No entanto, a Fé Católica e Apostólica não é algo que modificamos para atender às nossas preferências. Não é uma fé feita à nossa própria imagem. A fé católica é algo que recebemos. Nós não escolhemos ou nos tornamos aquilo que escolhemos no nosso aniversário ou linhagem familiar.

Tradição se tornou um pouco de um palavrão em alguns círculos católicos. Ele é usado com desdém ou até mesmo com deboche. No entanto, um católico sem tradição não faz sentido, como um homem que acorda de um coma apenas para perceber que ele não tem nenhuma memória de quem ele é. Tradição é a memória da Igreja. Sem ela, estamos perdidos. Nós não temos nenhuma identidade. Estamos literalmente sem raízes, jogou ao redor por todo moda passageira e capricho de nossa era inconstante.

A fé católica não é um menu de opções, uma miscelânea de escolha. Também não é algo meramente moderno que começou ontem, 50 anos atrás, ou mesmo há 500 anos. É a fé que uma vez foi entregue aos santos. "Permanecei firmes e retende as tradições que você recebeu", diz São Paulo - e assim deveríamos.

Se nós católicos desejamos ser fortes, se quisermos resistir aos ataques do inimigo, se quisermos provar-nos fiéis e verdadeiros, não temos outra escolha a não nos aprofundar nas tradições da nossa fé. Devemos humildemente receber a Fé, absorvê-la, deixá-la penetrar em nossos ossos. Nós devemos deixar nossas raízes crescerem profundamente para só então saberemos quem realmente somos.

Sam Guzman, publicado em The Catholic Gentleman, 07/09/15.

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