domingo, 13 de outubro de 2013

Um radtrad depressivo

Link da imagem, clique AQUI
Esta imagem vem da página Rad-trad da Depressão e representa bem a situação de várias pessoas dentro da Igreja Católica, que tive a audácia de tratar no texto passado do blog (você leu? NÃO??? Então clique AQUI). E por que estou trazendo esse assunto de novo? Oras, porque fui alvo de “elogiosas” palavras como reação ao texto anterior. Querem ver?
(...) agora precisa de uma hermenêutica para entender que a vida "católica" do autor nasceu de uma EXPERIÊNCIA e que isso é totalmente diferente do que disse São Pio X?
(...)
Eu sei que o texto visava outra coisa. Apenas mostrei que ele fundamenta sua vida cristã numa EXPERIÊNCIA COM CRISTO. (...)
Tudo isso porque eu escrevi isso aqui: (...) Sabe também que isso mudou a partir de um momento muito especial em minha vida, quando tive uma experiência pessoal com Cristo, e a partir daí busquei cada vez mais me aprofundar sobre a Igreja Católica e como ser um bom católico. (...)

Como um amigo disse que queria entender a situação um pouco melhor, explico qual foi a minha experiência. Como disse no texto anterior, eu era contra a Igreja Católica e contra o Papa, mas tive uma namorada católica que começou a colocar algumas coisinhas em minha cabeça, e como eu gostava dela, deixava acontecer. Nós terminamos, mas eu ainda gostava muito dela e tinha feito uma promessa de que participaria de um retiro, e foi neste retiro que Deus mudou minha vida. E a partir daí as coisas foram mudando aos poucos, o que no início era muito sentimento passou aos poucos a ser razão, e assim passar a amar a Deus, a Igreja e ao Papa de forma consciente, a ponto de assumir obediência de forma racional. Sim, é claro que existe sentimento, mas ele não é base da minha vida católica como a pessoa disse, a tanto que essa mudança gradual foi refletida, por exemplo, em uma consciência litúrgica (como pode ser observado neste texto - É melhor a "dádiva" da ignorância ou a "dor" da consciência?).

O interessante é que essa crítica é no mínimo estranha, levando em consideração que alguns santos tiveram alguma EXPERIÊNCIA com Deus no início de sua caminhada (vejam os exemplos de São Paulo e São Francisco de Assis). Não que eu me compare a eles, longe disso, mas já serve para demonstrar que nem todos começaram na razão simples e pura.

E vejam mais críticas recebidas:
(...) Depois, apenas mostrei a incoerência destes autores NEOCONS (goste você ou não disso, é o que são): citam São Pio X no que querem, mas VIVEM o que este CONDENOU. (...)
Acho que primeiro é importante entendermos o que é um NEOCON, e vou usar as palavras do meu crítico contumaz:
(...) Um liberal, alguém que não deixa de crer nos dogmas Católicos, mas ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, é amigo do mundo e da carne. (...)
Portanto, para algumas pessoas, os católicos de verdade não podem gostar e nem falar sobre as coisas do “mundo” ou da “carne” (não acredito que aqui estejam falando de churrasco, mas ok). Então quer dizer que um católico de verdade não pode gostar e falar sobre, por exemplo, futebol, música, cinema, e etc., etc., etc.. Mas se você observar estes seres supremos, eles falam sobre isso, e em alguns casos até em excesso ... será que tem alguma hipocrisia aí?

Então vamos falar a situação envolvendo São Pio X. Para fundamentar que EU não posso nem citar as palavras deste santo, e que teria feito isso como se fosse um mercado (não é que o espertão fez uma alusão ao que eu escrevi no texto que ele criticou?), ele citou essas palavras do santo:
(...) O modernista crente
Agora, passando a considerá-lo como crente, se quisermos conhecer de que modo, no modernismo, o crente difere do filósofo, convém observar que, embora o filósofo reconheça por objeto da fé a realidade divina, contudo esta realidade não se acha noutra parte senão na alma do crente, como objeto de sentimento e afirmação; porém, se ela em si mesma existe ou não fora daquele sentimento e daquela afirmação, isto não importa ao filósofo. Se, porém, procurarmos saber que fundamento tem esta asserção do crente, respondem os modernistas: é a experiência individual. Com esta afirmação, enquanto na verdade discordam dos racionalistas, caem na opinião dos protestantes e dos pseudo-místicos. (...)
O que ele quis dizer é que eu sou uma pessoa que tem a sua fé movida e fundamentada no sentimento, pela minha experiência individual.

Como eu disse antes, a MINHA EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL me resgatou para Deus, mas a minha fé e certeza por Deus, pela Igreja e pelo Papa, não tem relação com isso. Tem relação com o que eu estudei e com a certeza consciente (e não emocional) 

O que esta pessoa fez foi NOVAMENTE pegar uma frase e dar a interpretação que quer, para fundamentar suas ideias e ataques, seja ao Papa ou a quem quer atingir (nesse caso fui eu). Aliás, os ataques não foram apenas para mim, mas para muita gente. Vejam só:
(...) São um bando de mentirosos buscando demonizar os Católicos que não aplicam a PASTORAL que amam. (...) Sem contar que amam os inimigos da IGREJA CATÓLICA: os hereges, apóstatas etc. (...)
O que esta pessoa não quer aceitar, é que não os demonizamos por não aplicarem uma “pastoral que amamos”, mas sim somos contra seus atos são contraditórios com quem se diz fiel à Igreja e ao Papa. Apenas isso. Será que é difícil de entender?

E ainda me vem com uma pérola dessa:
(...)Agora, vem querendo me atacar em seu blog católico-pagão por que não estudei com teletubes e vejo os absurdos que são o CVII, a Missa Nova e seus frutos. (...)
Primeiro ... meu blog é “católico-pagão” ... acredito eu, que não sou nenhuma sumidade em termos religioso, que ele é católico porque fala sobre a Igreja Católica e pagão porque fala também de coisas que não é da Igreja. Confesso que acho estranho, porque ... assim penso eu dentro da minha cabeça oca ... acredito que ser católico não te resume a falar apenas sobre religião e sobre a Igreja Católica. Bom, mas isso é apenas uma suspeita minha. Quem sabe um dia o autor deste termo pudesse explicar.

Mais uma imagem da página Rad-trad da Depressão - LINK
Segundo, será que ele disse que eu estudei com os teletubes??? Poxa, que maldade. Nem eu disse que ele deveria ter estudado com os quatro coloridinhos, e nem acho que fosse uma boa coisa para ninguém. Mas acho que ele quis dizer que eu devo ter estudado com eles ... bom, eles me ensinaram a hora de dizer tchau (que não é agora, claro).

E sobre liturgia, bom, tem um link aqui no blog que traz diversos textos que mostra bem o que penso sobre o assunto (clique AQUI). A única diferença com o ilustre crítico de minha pessoa, é que eu assumi ser católico e fiel à Igreja, e se A IGREJA me apresenta um concílio como válido, eu vou assumi-lo como válido. Não vou dar uma de criança mimada e ficar jogando na lama algo que A IGREJA reconhece como válido.

E a pessoa me finaliza com uma dessa:
(...) tenho coisas para fazer mais importantes que interpretar um texto de pobre homem como este. (...)
Pois é, mas foi o que fez. Interpretou como quis, jogou pedra como quis, e este pobre homem aqui continuará pobre.
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Fica autorizada a reprodução integral deste post, desde que citada a fonte conforme texto a seguir:
BRANDALISE, André Luiz de Oliveira, Um radtrad depressivo, publicado em 13/10/13 no blog “André Brandalise” - http://alobrandalise.blogspot.com/2013/10/um-radtrad-depressivo.html

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