O calendário gregoriano é um calendário de origem europeia, utilizado oficialmente pela maioria dos países. Foi promulgado pelo Papa Gregório XIII (1502-1585) em 24 de Fevereiro do ano 1582 em substituição do calendário juliano implantado pelo líder romano Júlio César (100 a.C.- 44 a.C.) em 46 a.C..
Como convenção e por praticidade o calendário gregoriano é adotado para demarcar o ano civil no mundo inteiro, facilitando o relacionamento entre as nações. Essa unificação decorre do fato de a Europa ter, historicamente, exportado seus padrões para o resto do globo.
HISTÓRIA
Papa Gregório XIII |
O Papa Gregório XIII reuniu um grupo especialistas para corrigir calendário juliano. O objetivo da mudança era fazer regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e desfazer o erro de 10 dias existente na época. Após cinco anos de estudos, foi promulgada a bula papal Inter Gravissimas.
Deste grupo de estudiosos participaram Christopher Clavius (1538-1612) jesuíta alemão, sábio e matemático, e Luigi Giglio (1510-1576) médico, filósofo, astrônomo e cronologista italiano.
A bula pontifícia também determinava regras para impressão dos calendários, com o objetivo que eles fossem mantidos íntegros e livres de falhas ou erros. Era proibido a todas as gráficas com ou sem intermediários de publicar ou imprimir, sem a autorização expressa da Santa Igreja Romana, o calendário ou o martirológio em conjunto ou separadamente, ou ainda de tirar proveito de qualquer forma a partir dele, sob pena de perda de contratos e de uma multa de cem ducados de ouro a ser paga à Sé Apostólica. A não observância ainda punia o infrator a pena de excomunhão latae sententiae e a outras tristezas.
Oficialmente o primeiro dia deste novo calendário foi 15 de Outubro de 1582.
AS MUDANÇAS
- Foram omitidos dez dias do calendário juliano, deixando de existir os dias entre 5 a 14 de outubro de 1582. A bula ditava que o dia imediato à quinta-feira, 4 de outubro, fosse sexta-feira, 15 de outubro.
- Os anos seculares só são considerados bissextos se forem divisíveis por 400. Desta forma a diferença (atraso) de três dias em cada quatrocentos anos observada no calendário juliano desaparecem.
- Corrigiu-se a medição do ano solar, o ano gregoriano dura em média 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, ou seja 27 segundos a mais do que o ano trópico.
CRÍTICAS
O calendário gregoriano apresenta alguns defeitos, tanto sob o ponto de vista astronômico, como no seu aspecto prático. Por exemplo, o número de dias de cada mês é irregular (28 a 31 dias), além disso a semana, adotada quase universalmente como unidade laboral de tempo, não se encontra integrada nos meses e muitas vezes fica repartida por dois meses diferentes, prejudicando a distribuição racional do trabalho e dos salários.
Outro problema é a mobilidade da data da Páscoa, que oscila entre 22 de março e 25 de abril, perturbando a duração dos trimestres escolares e de numerosas outras atividades econômicas e sociais.
ACEITAÇÃO
A mudança para o calendário gregoriano deu-se ao longo de mais de três séculos. Primeiramente foi adotado por Portugal, Espanha, Itália e Polônia; e de modo sucessivo, pela maioria dos países católicos europeus. Os países onde predominava o luteranismo e o anglicanismo tardariam a adotá-lo, caso da Alemanha (Baviera, Prússia e demais províncias) (1700) e Reino da Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales e Escócia) (1752). A adoção deste calendário pela Suécia foi tão problemática que até gerou o dia 30 de fevereiro. A China aprova-o em 1912, a Bulgária em 1916, a Rússia em 1918, a Romênia em 1919, a Grécia em 1923 e a Turquia em 1926.
Alguns povos conservam outros calendários para uso religioso inclusive com cronologia diferente da adotada pela Igreja Católica Romana. Conforme proposta feita por Dionísius Exiguus (470 - 544) monge romeno o marco inicial da cronologia cristã tem como data o ano do nascimento de Cristo.
Segundo o calendário gregoriano, hoje é 26 de julho de 2012. Para esta mesma data outros calendários apontam anos diferentes, como: Ab urbe condita 2765; Calendário Babilônico 6762; Calendário bahá'í 168–169; Calendário budista 2556; Calendário hebreu 5772–5773; Calendário hindu Vikram Samvat 2068–2069; Calendário hindu Shaka Samvat 1934–1935; Calendário hindu Kali Yuga 5113–5114; Calendário Holoceno 12012; Calendário iraniano 1390–1391; Calendário Islâmico 1433–1434 entre outros.
DIAS, SEMANAS E MESES
Nº | Latim | |
---|---|---|
1 | segunda-feira | Lunae dies (Dia da Lua) |
2 | terça-feira | Martis dies (Dia de Marte) |
3 | quarta-feira | Mercurii dies (Dia de Mercúrio) |
4 | quinta-feira | Jovis dies (Dia de Júpiter) |
5 | sexta-feira | Veneris dies (Dia de Vénus) |
6 | sábado | Saturni dies (Dia de Saturno) |
7 | domingo | Dies Dominica (Dia do Senhor) |
Dia: é a unidade fundamental de tempo adotada pelo calendário gregoriano. Um dia é equivalente a 86 400 segundos de Tempo Atômico Internacional (TAI).
Semana: é um período de 7 dias.
Na maioria dos países cristãos, a semana começa na segunda-feira, sendo domingo sétimo dia de acordo com a religião cristã dominante. Embora se considere que o primeiro dia da semana é domingo, um costume que se espalhou para outros países.
Nomes dos meses:
- Janeiro: Jano, deus romano das portas, passagens, inícios e fins.
- Fevereiro: Februus, deus etrusco da morte; Februarius (mensis), "Mês da purificação" em latim, parece ser uma palavra de origem sabina e o último mês do calendário romano anterior a 45 a. C.. Relacionado com a palavra "febre".
- Março: Marte, deus romano da guerra.
- Abril : É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão.
- Maio: Maia Maiestas, deusa romana.
- Junho: Juno, deusa romana, esposa do deus Júpiter.
- Julho: Júlio César, imperador romano. O mês era anteriormente chamado Quintilis, o quinto mês do calendário de Rómulo.
- Agosto: Augusto, primeiro imperador romano. O mês era anteriormente chamado Sextilis, o sexto mês do calendário de Rómulo.
- Setembro: septem, "sete" em latim; o sétimo mês do calendário de Rómulo.
- Outubro: octo, "oito" em latim; o oitavo mês do calendário de Rómulo.
- Novembro: novem, "nove" em latim; o nono mês do calendário de Rómulo.
- Dezembro: decem, "dez" em latim; o décimo mês do calendário de Rómulo.
Fonte: Wikipedia
OBS: para os que dizem que a Igreja Católica não deve influenciar a sociedade eu recomendaria voltar ao uso do calendário juliano, assim poderia dizer de boca cheia que até no seu dia-a-dia estaria livre da "presença" da religião ... mas aí ficaria fora de contexto, não é mesmo? De qualquer forma, gostem os que são do contra ou não, esta é mais uma das riquezas que a Igreja Católica trouxe ao mundo e que veio a facilitar a vida de todos.
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