Neste meu tempo de "rato de igreja" eu conheci vários sacerdotes, cada um com suas características próprias. Alguns foram grandes exemplos de vivência do mistério sacerdotal, já outros mostram deficiência de formação (sim, eu ouso dizer isso). Aqui vou falar de bons e maus exemplos, mas vou citar apenas o nome dos bons, e certo que não significa que sejam os únicos.
“O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus.
Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo.”
Muitas vezes conhecemos sacerdotes que são grandes pessoas, e vemos isso com muita clareza. No entanto, não é incomum notarmos que eles não refletem a Cristo, mas em verdade são apenas reflexo de si mesmos. Já encontrei dos dois tipos, mas aqueles que realmente fizeram a diferença em minha vida foram aqueles que deixaram de lado a si mesmos e deixaram Cristo aparecer.
“Seu programa meditado diante do sacrário era o de todo pastor inquieto com a salvação de seu rebanho: entrar em contato com os seus paroquianos; assegurar a cooperação das famílias de mais destaque; melhorar os bons, reconduzir os indiferentes, converter os pecadores e escandalosos; e sobretudo orar a Deus, de quem dimanam todos os dons. Enfim, santificar-se a si mesmo para poder santificar os outros, e fazer penitência pelos culpados”.
(sobre São João Maria Vianney)
Aquele que acolhe e vive a sua vocação sacerdotal, que busca servir aos outros antes de si mesmo, que como pastor busca sua ovelha, ferida ou não, desgarrada ou não, mas faz todo esforço para cuidar de cada uma, de forma especial e única.
Ser padre também significa ser fiel à Igreja, obediente ao Papa e às normas da Santa Sé, e transmitir isso aos que estão aos seus cuidados. Ser assim significa ser fiel a Cristo, acolhendo-O de forma verdadeira em sua vida. Quem se dispõe a ser católico, o deve ser por completo, acolhendo a Igreja e o Papa. Graças a Deus eu encontrei vários em meu caminho que me ajudaram nesse sentido.
“A causa do relaxamento do sacerdote é porque não presta atenção à Missa!
Meu Deus, como é de lamentar um padre que celebra [a Missa]
como se fizesse um coisa ordinária!”
(São João Maria Vianney)
Quantas vezes já fui em Missas em que o sacerdote celebra como se tivesse arrumando a mesa para o café da manhã? Ao mesmo tempo, quantas vezes vi padres celebrando com tamanha piedade, zelo e amor, que me fazem amar e respeitar mais a Santa Missa, em ver a sacralidade do momento? Estes últimos são aqueles que sabem que a celebração é para Deus, e não para os homens. São aqueles que reconhecem que estão ali para Deus, e ao mesmo tempo como se fossem o próprio Deus (“Devemos considerar o padre quando está no altar e no púlpito como se fosse o próprio Deus” - São João Maria Vianney).
Não sei se você que está lendo conhece sacerdotes assim, mas eu conheço alguns pessoalmente. Como é bom ouvir as belas e profundas homilias dos Padres Antonio Deiana, Auxílio Arsie e Natalino Davanso. Como é inspirador ver o zelo litúrgico do amigo Padre Márcio Mendes. Como é fantástico ver um sacerdote como o Padre Leonardo Wagner atrair tantos jovens (como faz em suas vígilas com cerca de 2000 participantes) sem cantar, usar rádio ou TV, e sendo fiel ao magistério da Igreja, ao Papa e às normas litúrgicas. Estes são alguns exemplos de grandes homens que aceitaram sua vocação e buscam transbordar a Cristo. Conheço outros, e estes que citei são apenas alguns exemplos.
Encontrei vários sacerdotes que foram bons exemplos para mim, e a estes só posso dizer muito obrigado. Sei que não sou uma de suas melhores ovelhas, talvez uma das mais complicadas, mas o que seria de mim se vocês tivessem desistido deste pecador miserável? Que Deus os abençoe, confirme a vocação de vocês a cada dia, lhes dê força para seguir neste belo e algumas vezes tortuoso caminho. Não esqueçam que foram escolhidos por Deus, para Deus, para com Ele caminharem. “Tudo sob o olhar de Deus, tudo com Deus, tudo para agradar a Deus. (...) Como é belo!” (São João Maria Vianney)
Obrigado. Por mim, pela minha família, e por tantos outros que veem Cristo através de vocês.
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